sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

SETE RAZÕES PARA NÃO NOS PREOCUPARMOS - FINAL

6 – A preocupação nos impede de dar atenção aos verdadeiros desafios aos quais Deus deseja que nos dediquemos.

“33 Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

Nós, que cremos em Deus, somos conclamados a buscar, acima de tudo, seu reino e sua justiça. O verbo “buscar” subentende estar permanentemente ocupado na busca de alguma coisa, ou fazendo um esforço vigoroso e diligente para obter algo. Jesus mostra que devemos estar à procura de duas coisas.

A primeira se refere ao “Reino de Deus”; devemos buscar diligentemente a demonstração da soberania e do poder de Deus em nossa vida e em nossas reuniões. Devemos orar para que o Reino dos Céus se manifeste no grandioso poder do Espírito Santo para salvar pecadores, destruir influência demoníaca, curar os enfermos e para engrandecer o nome de Jesus.

Jesus, no capítulo 13 de Mateus trata novamente do reino dos céus: “Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim, o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.” (v.44-46)

Estas parábolas ensinam que, além do reino dos céus ser um tesouro de valor incalculável, ele deve ser buscado acima de tudo, sendo obtido somente quando renunciamos a tudo que nos impede de alcança-lo. Vender tudo significa que de todo nosso coração devemos abdicar de todos os demais interesses, por um único interesse Supremo que é Cristo.

A segunda se refere à “sua justiça”. Com o auxílio do Espírito Santo devemos procurar obedecer aos mandamentos de Cristo, ter a sua justiça, permanecer separados do mundo e demonstrar o Seu amor para com todos.

Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça significa priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos estejam voltados para sua vontade, nosso caráter seja semelhante ao do Senhor.

O que é realmente importante para nós? Pessoas? Metas? Desejos? Objetos? O que disputa lugar em sua vida? Se não formos firmes e escolhermos dar ao Senhor o primeiro lugar em cada área da nossa vida, qualquer um desses interesses pode ocupar rapidamente o lugar de Deus.

Não deixe que as preocupações desta vida tomem o trono em seu coração!

7 – Viver um dia de cada vez evita que sejamos consumidos pela preocupação.

“34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.”

Planejarmos o amanhã é bom, porém preocupar-se excessivamente com o futuro é um desperdício. Às vezes, é difícil estabelecer a diferença entre planejar e inquietar-se. O planejamento cuidadoso consiste em pensar sobre metas, métodos e programas, confiando na direção de Deus. Quando bem feito, ajuda a aliviar a preocupação.

A ansiedade, por sua vez, traz um terrível temor do que virá e nos impede de confiarmos em Deus; ela deixa com que seus planos interfiram em seu relacionamento com Deus.

Não deixe com que as inquietações com o amanhã afetem seu relacionamento com Deus hoje. Gosto de uma frase de efeito que dizem por aí: “Estou melhor do que ontem e pior do que amanhã”. Ou seja: hoje é o melhor dia da sua vida! Apenas decida ser feliz!



Forte abraço a todos!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

SETE RAZÕES PARA NÃO NOS PREOCUPARMOS - PARTE III

3 – Preocupar-se é mais prejudicial do que útil.

“27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?”

Tem uma pessoa que me deixou profundamente frustrado: meu pediatra. Ele me prometeu que eu ficaria com no mínimo 1.85mt e aqui estou... em forçados 1.70mt. Ainda pretendo processá-lo por defraudar minhas expectativas...

Ficarmos ansiosos quanto ao futuro não é apenas uma desonra para Deus, mas é também inútil. O SENHOR demonstra isso com uma pergunta: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?”. Queria eu acrescentar 15 cm à minha estatura sem ter de me submeter àquela cirurgia, comum na China, para aumentar as pernas, mas não posso.

Acrescentar alguns centímetros ainda é bem mais fácil do que nos preocuparmos com a existência de todas as necessidades futuras. São inúmeras, fogem ao nosso controle! Homens que criaram fortunas de uma vida estão perdendo bilhões em poucas semanas....

Além disso, a ansiedade nos impede de vermos as coisas com clareza. Recentemente passei por isso em uma audiência na Câmara dos Vereadores. Estava eu apenas assistindo a audiência, quando, pelo fato de ser advogado, me chamaram para compor a mesa. Logo pensei: “o que eu vou fazer lá se nem sei do caso?!” Mas, como o lugar que eu estava era bem apertado, resolvi me assentar juntamente com as partes e os vereadores.

A audiência começou e o presidente da Comissão foi oportunizando a palavra a cada um dos integrantes. Um a um foram falando e eu ali, quieto e pensando em uma saída para o futuro vexame que me esperava. Até que em certo ponto comecei a recitar algumas máximas para mim mesmo: “1 – Fique calmo; 2 – Você não pode sair por baixo; 3 – Vai dar tudo certo!”. Ali em diante, comecei a pensar em uma saída. Peguei um pequeno rascunho e comecei a esboçar um discurso. Quando fui chamado a me manifestar a idéia já estava pronta: apresentei-me, saudei a Comissão de Vereadores parabenizando-a pelo trabalho e comecei a falar difícil dizendo que o caso me atraíra até ali por ser uma “clara manifestação da aplicabilidade dos direitos e garantias fundamentais ao processo administrativo, em especial o devido processo legal e seus princípios decorrentes” citando as aulas do Profº Marinoni.

Nada melhor poderia ter ocorrido! Uma dica: penso que falar difícil é o primeiro passo para aparentar cultura. Creio que poucos entenderam o que eu disse ali (e isso é notado quando outros o parabenizam dizendo: “falou bonito!”), exceto o advogado de uma das partes que me elogiou, porque acabei auxiliando-lhe em sua defesa (mal sabia ele que minha intenção era me livrar do vexame e não defender alguém...). De todas as formas foi uma experiência e tanto sobre como a calma nos dá um estado de espírito ideal para sairmos das situações mais inusitadas!


4 – Deus não ignora aqueles que dependem dEle.


“28 E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; 29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?”

Neste versículo, Jesus nos traz a promessa de Deus a todos os seus filhos nesta era de aflições e incertezas. Deus prometeu tomar todas as providências para nosso alimento, vestuário e demais necessidades. Não precisamos preocupar-nos nesse sentido, mas fazer a nossa parte e deixá-lo reinar em nossa vida.

De forma íntima, este tema se alinha ao eterno dilema humano da auto-suficiência. A humanidade busca, em suma, uma coisa: ser auto-suficiente. Assim foi na queda Adâmica, na torre de Babel, no Renascimento ou atualmente na clonagem. Queremos produzir tudo sem interferências celestes, desde alimentos até a vida!

Aliás, esta é a falácia que Satanás utilizou com Adão e ainda utiliza hoje de diversas maneiras, seja através da ciência, seja através do atual sistema pecaminoso. Satanás se satisfaz com menos que a própria adoração; o mero fato do homem não reconhecer o senhorio de Cristo na sua vida já é um triunfo.


5 – A preocupação demonstra falta de fé e de entendimento a respeito de Deus.

“31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? 32 (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;”

O poder de Deus é tão grande que, além de criar o mundo, Ele preserva este mesmo mundo que criou, provê as necessidades de sua criação e governa o mundo, dirigindo os eventos da história que acontecem segundo sua vontade permissiva e seu cuidado.

Depois de criar os céus e terra, Deus não deixou o mundo à sua própria sorte. Pelo contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando de sua criação. Deus não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. Esse maravilhoso cuidado de Deus para conosco é o que chamamos de “provisão divina”.