segunda-feira, 10 de novembro de 2008

SETE RAZÕES PARA NÃO NOS PREOCUPARMOS

Estamos vivendo uma crise. Alguns dizem ser a maior crise financeira já vista; falam sobre “marola”, recessão, colapso financeiro e até mesmo em depressão econômica. Alguns dão pouco valor a este acontecimento; outros crêem ser o fim dos tempos. De todas as formas, a crise financeira tem tomado o imaginário popular, o tempo dos economistas e a paz dos investidores. Surgem revistas e páginas mil na Internet com os seguintes dizeres: “Entenda a crise financeira de forma fácil e descomplicada” outros têm teor mais prático e sugerem “823 formas de investir seu dinheiro na crise”...

A única conclusão unânime até agora é que foi embora a sensação de “está tudo tão bom”, a economia acelerada e crescente, a variedade de produtos, o dólar em baixa, o fortalecimento da moeda, o superaquecimento das exportações, independência econômica, descoberta do pré-sal , etc. Agora todos só pensam em guardar, poupar, economizar.

De todas as formas, em maior ou menor escala, a crise econômica parece deixar todos apreensivos.

Por isso, em tempo se de tempestade financeira, pergunto: “quem está no timão do nosso barco?”

Jesus pregou contra a ansiedade. Mas porque evitarmos se ela nos parece tão natural, tão humana?

A razão está no fato de dedicarmos o melhor de nossas vidas, nossas energias para termos a certeza de que teremos o suficiente para nos mantermos vivos. Então, antes de percebermos, nossa vida passou e perdemos o propósito central para o qual fomos criados. Deus nos criou a sua imagem com um objetivo muito maior que o mero consumismo. Estamos aqui para amá-lo, adorá-lo, servi-lo, e representar seus interesses na terra. Nosso corpo foi planejado para nos servir e não para nos domesticar.

Hoje eu prego esta palavra até com certa autoridade por conta de um testemunho que me aconteceu. Tinha de mandar um artigo para a pós-graduação, que vencia o prazo hoje, mas não tive um tempinho sequer para fazê-lo e hoje pela manhã recebi um e-mail avisando da prorrogação do prazo de entrega.

Por isso, nestes tempos de crise resolvo compartilhar uma palavra de paz com os irmãos; tratemos de sete razões para não andarmos ansiosos (Mateus 6:25-34).



1 – Os detalhes da nossa vida podem ser confiados ao mesmo Deus que nos criou.

“25 Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?”

O mundo geralmente imagina que Deus está preocupado apenas com os grandes eventos da humanidade, sem se importar com os detalhes da vida de cada um de nós. Tenho um exemplo que ocorreu na célula de um amigo meu. Um certo irmão, sempre que perguntado sobre alvos de oração, pedia orações pelo Hamas, pelo Ahmadinejad, pelas baleias do Japão que estão sendo extintas, mas nunca pedia nada pela sua vida pessoa!

Ele simplesmente ignorou que o Deus que está por detrás dos grandes eventos da humanidade também é o Deus que está cuidando da sua vida pessoal!

Outros também revelam este falso altruísmo sob o tom de “não tenho nada a pedir, só a agradecer”. Lucas 11 revela a importância que Deus dá a nossos pedidos:

“E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente? Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11: 11-13)

Jesus não está dizendo que é errado o cristão tomar providências para suprir suas futuras necessidades materiais, tampouco recrimina o fato de comermos ou nos vestirmos com boas coisas; a reprovação a que se refere este versículo diz respeito à ansiedade ou preocupação angustiosa da pessoa, revelando sua falta de fé no cuidado e no seu amor.

Essa excessiva preocupação sobre o futuro é pecado, pois nega o amor, a sabedoria e o poder de Deus.

Nega o amor de Deus implicando que Ele não se preocupa conosco.

Nega a sabedoria de Deus implicando que Ele não sabe o que está fazendo.

Nega seu poder implicando que Ele não é capaz de suprir nossas necessidades.

Certa vez me ocorreu algo interessante. Estava indo a missões evangelísticas nos EUA e escutei uma história que americanos não tomavam banho. Como assim? E eu que tomo três banhos diários! Resolvi jejuar para tomar banhos todos os dias! Fomos para os EUA e primeira parada: Kearny. Éramos 23, sendo 21 mulheres e 2 homens e cada um foi sendo recebido em uma casa de famílias, menos eu. Eu fiquei por último. Era o rejeitado. Até que o líder dos jovens me recebeu e disse: “os outros estão em casa de família; eles têm comida boa, conforto, mas nós não. A única coisa que podemos te oferecer é banhos. Pode tomar quantos banhos quiser!”

Duarante os próximos dias, falaremos sobre as demais razões, Aguardem!

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